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Shinra Tensei: A punição dos Seis Caminhos (Parte II)

  • Akasuma Lean Vicci
  • 23 de out. de 2015
  • 5 min de leitura

“[...] O mundo agora não passa de um teatro de fantoches. Somos manipulados pelas linhas que regem nossos membros, indo de encontro às mãos do ventríloquo. E esse ventríloquo é ninguém menos que a Gedou, quando seu despertar novamente acontecer será nosso fim [...]”


Com o despertar da Gedou, o mundo entra em colapso temporal, a probabilidade do retorno da deusa coelha é imensa. Esse é o momento decisivo, cabe aos humanos lutarem por suas vidas, ou, caindo de vez na extinção.


Ao chegar ao fundo do Oceano, a Gedou, começa o processo de regeneração de seus poderes. A busca por vingança instiga Kaguya a manipular a estátua a seu favor, e assim, poder vingar-se daqueles que a enjaularam. Sendo ela a deusa regente desse misero planeta, instiga a criação de seres capazes de ajuda-la em sua busca pela liberdade. A cada fenômeno natural ou de natureza humana, Kaguya manipula as forças cósmicas dando origem a seres divinos e ao mesmo tempo demônios da destruição.


Japão, um terremoto de 8,8 na Escala Richter, ocasiona em várias mortes no país. A destruição é certa! Ao choque das placas tectônicas, um ser de aparência mórbida e de intenso poder emerge das profundezas marítimas - conhecido como Tendō – foi o primeiro dos seis caminhos da dor criados pelos poderosos poderes oculares e divinos de Kaguya – o Rinnegan. Capaz de atrair e repelir tudo que quiser, seu domínio acerca da gravidade e do magnetismo é inigualável. Temido por aqueles capazes de desafiar suas capacidades destruidoras.


Tendō, revela-se para a superfície terrestre. Pela primeira vez, pode ver o mundo com seus próprios olhos. Teve sua mente bagunçada devido a todos os conflitos e guerras existentes. Jurou acabar com tudo e trazer a paz de volta a essa realidade. Voltou-se contra o objetivo ao qual se deu o seu nascimento. Agora, quer promover a paz através da dor. Nunca pensa duas vezes antes de matar alguém. Ser frio de coração, porém, astuto de mente. É o mais perigoso entre os seis caminhos.


Rússia, Guerra Fria, os conflitos entre União Soviética e Estados Unidos tornam-se hegemônicos. A luta pela política, economia e militar no mundo serviram de berço para o nascimento do segundo caminho– Shuradō – o senhor das guerras. Tem a capacidade de transformar qualquer parte de seu corpo em arma de porte militar, além de promover conflitos entre nações.


Shuradō, nascido da explosão de uma bomba atômica, castiga todos aqueles que ousaram certa vez zombar de sua existência: “Mesmo até o mais insignificante átomo químico-molecular ao unir-se a outros, pode causar uma eutanásia de nível mundial”. Colocou um fim na guerra, aniquilando vários de ambos os lados. A humanidade passou a temer os conflitos depois da chegada de Shuradō.


Grécia, nasce o desejo humano em descobrir seu real papel nesse mundo. A filosofia grega foi e sempre será um grande marco na história. Caracterizada pelo desejo de existencialismo, os homens buscam respostas para tudo a sua volta. Todo esse desespero e ao mesmo tempo sabedoria, são personificados em Ningendō, o terceiro caminho entre os seis.


Ningendō, traz com seu nascimento, o sentimento de desespero a humanidade, desde então, têm-se buscado a cada dia, mais respostas para o significado de sua existência. Causando durante esse percurso muitos conflitos e bagunças no psicológico das pessoas. Toda a sua razão é ser o oposto de Shuradō.


África, por entre os animais, e sobrepondo a soberania do rei das selvas, o quarto caminho nasce. Como um deus ao lado de suas criações, Chikushōdō, ganha forma ao entrar em contato com cada animal presente no continente-mãe. Fazendo contratos e sangue, e transformando assim, cada ser vido em seu escravo para servir de poderio bélico. O quarto caminho é denominado o rei dos animais.


Chikushōdō, indignado com a maneira que os animais têm sido tratados atualmente lança sua fúria sobre todos para deixar claro quem realmente manda na natureza: “Os humanos adaptam a natureza a seus critérios e confortos, em contrapartida, a natureza se adapta aos animais ali existentes, promovendo então, uma verdadeira e natural existência”. Tudo aquilo que viesse a existir fora desse padrão deveria morrer, uma vez que, se enquanto humano temos o total direito de matar a mãe natureza. Por que a mesma, em sua hora de fúria não pode proporcionar o inverso?


Brasil, São Paulo, o caos das cidades e as fortes tempestades dão forma a Gakidō – o quinto caminho – de aparência infernal, senhor das destruições sociais. É o preferido de Kaguya por entre os seis. Tem porte de um soldado Russo, a ira de um nazista e a alegria de um inquisidor vendo suas vítimas queimar na fogueira.


Gakidō está presente em cada canto das grandes e pequenas cidades. Induz os crimes e mortes no cenário urbano. Ninguém jamais saiu vivo quando o quinto caminho passava. A discórdia e o ódio fincaram raízes desde o âmbito familiar até a realidade dos enormes aglomerados urbanos. Gakidō sempre exala um sorriso quando alguém perece na sua frente.


Estados Unidos, um grande atentado terrorista causa a desordem não apenas de nível nacional, mas de escala mundial. Todos os órgãos governamentais e de investigação correm para descobrir os reais culpados e o motivo de tamanho crime. É nessa busca por respostas depois de tamanho feito que surge Jigokudō. O senhor dos interrogatórios, tem seus próprios padrões para conseguir respostas para seus questionamentos, seu nível de sucesso chega a 99,99% de precisão. Vale ressaltar, que nenhum dos que foram julgados por ele estão vivos.


Jigokudō, o sexto e último caminho, é diferente dos cinco que o antecedem. Não trabalha sozinho. Junto a seus passos segue o Rei do Inferno, um demônio capaz de arrancar não só a língua daqueles que interroga, mas, sim, a alma de qualquer ser vivo.


Já fora previsto por Senju: “Ao despertar da senhora da morte e rainha desse mundo, os seis níveis de dor irão entrar em sintonia. Quando o último vier a essa realidade, saibam que o fim estará mais que próximo”. Essas palavras ficaram gravadas nos corpos em cinzas dos mortos pela Gedou no momento que despertará de seu confinamento gelado.


Ao sentir que todos tiveram sucesso em seus nascimentos, Kaguya, lança o sinal para que os seis caminhos pudessem se encontrar e unirem-se formado apenas um. Assim, a deusa coelha teria as chaves para abrir de vez o receptáculo que a mantem encarcerada.


Passados três dias de seu retorno e localizada agora no fundo do oceano, o estátua demoníaca recupera suas forças: “Está na hora! Irei me encontrar com cada uma das minhas seis criações para dar fim a esse monte de rochas que me mantem mortal. Os seis caminhos da dor unir-se-ão novamente e subjugarão a raça desprezível que foi gerada. Tendō, Shuradō, Ningendō, Chikushōdō, Gakidō, Jigokudō retornarão novamente para dentro de mim, serão transformados em chaves para a nova ordem pelo caos”.


A Gedou retorna a superfície, agora indo de encontro a uma ilha localizada ao sudoeste da África, irá encontrar com o rei dos animais e assim convencê-lo de unir-se a seu desejo. Se tudo ocorrer bem, será mais fácil do que a primeira vez.

O mundo agora enfrentará dois inimigos mortais – A Gedou e os seis caminhos – todos com o intuito de aniquilar a humanidade. Ao pôr-do-sol do quarto dia, a estátua irá chegar no local desejado negociará a raça humana com Chikushōdō e ambos irão rumo ao Japão.


CONTINUA....

 
 
 

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© 2015 por Maurício Rosendo Leandro dos Santos.

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