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Escravizados pelas próprias mãos...

  • Akasuma Lean Vicci
  • 13 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

" O homem nasce livre e por toda parte vive acorrentado" ~Rousseau


É incrível a capacidade de criarmos novas tecnologias e demais invenções em um curto período de tempo. Sempre aprimorando e aperfeiçoando aquilo que batizamos de nossas criações.


O ser humano é o único animal entre os muitos com a capacidade de perfectibilidade, essa não de perfeição, mas de aperfeiçoamento de suas características e funções sejam elas físicas ou mentais. Como isso pode ser explicado de forma mais simples? Basta pegarmos o neanderthalensis e compararmos ao humano de hoje! Quantas mudanças sofridas ao longo do tempo...


Um dos exemplos mais comuns das invenções e que vale a pena dar uma atenção um quanto maior sobre ela é o computador; de um gigante de 30 toneladas para um pequeno aparelho de bolso – o celular.


Com passar dos séculos a raça humana gaba-se muito acerca do que criam e acima de tudo tornam-se dependentes de suas invenções: o carro, o avião, a lâmpada, a internet, principalmente a internet e o computador tem se tornado senhores de seus senhores...


Como as melodias soltas no espaço, estamos dançando na escuridão de nossas criações. De senhores a escravos com o passar dos anos fomos nos tornando assim... será que de alguma forma podemos reverter esse cenário? O pior de tudo ainda está por vir, quando não sabemos nem fazer o manuseio correto de um aparelho de celular, queremos dominar a tão aguardada inteligência artificial. Já imagino a quão catastrófica será essa realidade.


Colocar uma máquina para pensar de forma independente do que fora programada, sujeita a corrupção e demais sentimentos pertencentes à humanidade. Isso me faz perguntar se queremos mesmo fazer algo para nos auxiliar ou de alguma forma substituir-nos devido aos nossos erros? Um humano no corpo de uma máquina, já soa como título de uma guerra!


Saindo um pouco dos devaneios futuros, foquemos no presente. Você consegue passar um dia sem celular? Ou melhor, para provar o quão fortes realmente são, que tal uma semana, um mês, ou até um ano? Chega a ser uma ideia bizarra devido a forma como vivemos hoje. Amizades apenas virtualmente, namoros então, nem se fala. Estamos perdendo a capacidade de sermos nós mesmos. Estamos aos poucos nos tornando máquinas.


Não existe mais toque entre corpos de carne, apenas entre a carne e os metais. Sexo? Pra que fazer hoje em dia se temos a internet para nos mostrar? Pensei que a escravidão fosse apenas acontecimentos acerca de perdedores das guerras, índios, negros e até as mulheres. Pensei que não mais existia a tal temida escravidão HUMANA que antigamente e até em pequenos resquícios assolam a dignidade e o caráter das pessoas.


O que realmente percebi foi que mudamos o significado de escravidão para NOSSAS CRIAÇÔES. Você realmente pensa que criar algo e atribuir a si o título de seu dono o isenta de ser tornado escravo dela? Meu amigo acorde para a realidade, saia do país das maravilhas e reveja todo o seu esforço até hoje para fazer do mundo um lugar melhor e confortável. Então, você é dono ou escravo daquilo que usa?


Repensar e mudar são coisas que fazem parte da perfectibilidade. Porém viver naquilo que chamamos de TEATRO DO OPRIMIDO é algo que proporciona um grande obstáculo. Saia das garras do opressor – o capitalismo – e viva novamente como um ser humano livre. Saia dos grilhões do mercado....


 
 
 

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© 2015 por Maurício Rosendo Leandro dos Santos.

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