"Bônus" A Mitologia Propínqua (Parte I)
- Akasuma Lean Vicci
- 11 de abr. de 2016
- 9 min de leitura

Um mito quimérico localizado na interseção de todas as outras crenças existentes, que vai de contra os modelos antes propostos e ditados. Uma lenda que não precisa ser cultuada, pois suas finalidades já foram cumpridas (deuses que não precisam ser adorados). O universo – cosmos – outrora criado agora passa por uma regeneração. Após a humanidade falhar nos cultos para com suas divindades – sejam elas: gregas, romanas, egípcias, hindus, maias, astecas, indígenas, cristãs... – cada mitologia sucumbiu as falhas de seus fiéis, suas doutrinas agora se encontram naquilo que podemos chamar de apogeu da salvação.
Os supremos cósmicos foram rebaixados a simples fábulas infantis, histórias destinadas a crianças ao serem levadas ao leito de descanso por suas mães. Quem é Zeus? Javé? Shiva? Izanami ou Izanagi? Alguém ainda sabe sobre Odin? Rá? Seres que há muito foram temidos e adorados, hoje nem se restaram as lembranças de seus feitos. Revoltados com tamanha inadimplência de seus devotos, os deuses que há muito foram esquecidos, resolvem deixar que a raça humana submeta-se ao perigeu da morte.
Cada um dos mais de 10.000 deuses espalham-se pelas luzes do universo dando adeus definitivo ao planeta Terra. Não existe mais Monte Olimpo, sem Céu ou Terra Santa, nada de Valhalla, sem essa de Hel ou demais promessas de vida pós morte (ou até mesmo de vida). Sem os supremos, o ser humano não passa de mais uma espécie estre as várias existentes nesse mundo.
Criadores daquilo que se pode caracterizar como religião – lembrando que a religião é no popular aquela crença que ainda está sendo exercida, já a mitologia é tida como aquilo que se foi – os humanos fracassaram com seus deuses e foram deixados de lado pelos mesmos como castigo ao esquecimento.
O infinito cosmológico como essência e partícula de cada ser supremo, em sintonia com os atuais acontecimentos, origina uma nova e única mitologia – a mitologia propínqua – esse novo conjunto de deuses irá nascer não só para concertar os erros de cada criação, mas também para punir os ingratos adoradores de suas divindades. O esquecimento levou os deuses anteriores a decadência, e o mesmo esquecimento porá um fim a tudo aquilo que se pode imaginar.
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“O Gênesis,
Na constelação do cão maior, a estrela mais brilhante do céu noturno – Sirius – concebe a deusa primordial mãe de todos os seres vivos e mãe de todos os outros deuses, a deusa Epritse (a primeira da ordem dos quatro grandes pilares, a mais virginal e serena). A esquerda e direita da deusa mãe, respectivamente, temos: Osseced e Oclusão (o segundo e terceiro da ordem dos quatro grandes pilares, chamados também de os irmãos sarcófago e tumba, os gêmeos e filhos de Epritse; os senhores da morte, eutanásia e suicídio). Logo abaixo, o pilar final, a quarta e última pilastra do novo gênesis está Corpúsculo – o senhor das partículas atômicas, entidade sem conhecimento acerca de sua sexualidade, é o(a) atual conjugue de Epritse. Assim, originou-se a família principal e a maior de todas as ordens do novo conjunto de deuses e entidades cósmicas.
O lar dos quatro pilares principais é visto da Terra, mais precisamente, no Hemisfério Norte – o famoso Hexágono de Inverno.
Enquanto os novos deuses estavam em seu processo de amadurecimento, a humanidade e os demais seres continuavam sua constante correria e busca pela sobrevivência, nos incansáveis cotidianos. Seja burlando a cadeia alimentar, burlando os resultados de laudos médicos e melhorando cada vez mais sua saúde ou algo parecido ao que restou dela. Eles não podiam imaginar o que os aguardavam... Pág: 1”
Droga! O pergaminho está incompleto. Depois de anos de pesquisas incansáveis, minhas buscas resultaram em um pequeno pedaço de pergaminho desgastado pelo tempo.
Relaxa Derek, sei que pode ser frustrante nossos estudos e pesquisas resultarem apenas nesse pequeno pergaminho incompleto. Mas já é um grande avanço ter encontrado algo que comprovasse sua teoria sobre a mitologia que é a interseção de todos os outros grandes mitos, aquela que deu origem a tudo.
Meu caro amigo Riemelt, você pode está certo. Viajamos entre muitos países até encontrarmos a primeira evidência sobre a mitologia propínqua – assim como a batizei – aqui em El Salvador, nesse antiga arquitetura da civilização Maia. Mas é uma pena que esse local tenha sido quase todo destruído pelos conquistadores espanhóis.
Derek, já demos o primeiro passo. Nossa segunda meta é encontrar pistas que nos levem a mais documentos como esse, assim poderemos provar de vez sua teoria para ao Conselho Mundial de Arqueologia e Antropologia (CMAA) e depois de aprovado seu trabalho, você terá uma galeria completa só para você no Rijksmuseum de Amsterdã.
Corrigindo meu caro amigo, NOSSO TRABALHO!
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Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), a fundação da ONU (Organização das Nações Unidas) e com o Vaticano exercendo controle religioso, vários documentos secretos foram parar nas mãos do Governo Americano e da Igreja Católica. Tudo aquilo que ameaçasse o poder de ambas as soberanias era trancado abaixo de sete chaves.
Com o acordo entre as grandes potências, um grande documento que poderia mexer com a ordem social, as religiões e abalar os pilares da fé foi fragmentado e distribuído pelo mundo. Suas principais partes estavam na sede da ONU, no Vaticano e no Pentágono.
Mesmo duas das três entidades não tendo ligação com a religião qualquer coisa que mexesse com a ordem social e deixasse o governo em uma sinuca de bico deveria evitar a maior quantidade de informação possível circulando sobre o dito cujo.
Ao todo eram cinco páginas de escritos que relatavam um conjunto de entidades nascidas do cosmo universal que tinham como principio julgar e devastar aquilo que balançasse o equilíbrio do universo. Temendo tal atrocidade os governos vem trabalhando por baixo dos panos para evitar que esse dia possa realmente chegar. Investimentos extraordinários em equipamento bélicos, poderio nuclear e espacial de alta e precisa geração.
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Riemelt e Derek são arqueólogos renomados. Rielmet é alto, corpo bem marcado em suas roupas justas, tinha por volta de 30 anos, barba rala e cabelo grisalho, olhos bonitos. Derek é baixo, corpo normal, também por volta de 30 anos, não gostava de barba, olhos castanhos claros e seus cabelos eram negros. Ambos se conheceram ainda na sétima série. Uma amizade que perpassou os anos. Hoje desfrutam do mesmo sonho, provar para a humanidade que todos correm grande perigo devido a uma descoberta que iria abalar os pilares da sociedade.
Derek aos 15 anos teve uma visão de uma deusa com uma voz tão doce e serena que ressoava uma canção sobre como o universo seria massacrado pelos deuses esquecidos por todos. A deusa o disse para procurar os cinco escritos que seriam a chave para derrubar os governos que escondiam tal segredo. Derek também teve um vislumbre de todas as sociedades que sucumbiram aos governantes supremos da Terra e que foram calados para que tal segredo não fosse revelado.
Tudo isso se passou em uma noite chuvosa, com trovões e raios, uma grande tempestade que a humanidade jamais havia presenciado. Ao longo da visão a deusa ia mostrando a corte dos deuses, os deuses dos conflitos, os magos, as crianças e toda a corte cósmica. Os deuses que foram esquecidos tiveram suas essências trancafiadas pela corte e jogados num grande buraco negro de cinco dimensões.
Derek questionou a deusa do porque tudo isso está acontecendo, e a resposta foi a mais ríspida possível: “Jamais fomos tão humilhados e desprezados por pessoas de poderes insignificantes que transformaram nossas criações em brinquedos de crianças descartados com o passar dos anos”.
Antes que a visão chegasse ao fim a deusa alertou Derek: “Viaje até os mundos propínquos e restabeleça nossos sagrados escritos. Derrube a grande águia Americana e o grande demônio da Terra – a Igreja – sejais a última esperança para com todos nós”.
Depois do termino da visão mais do que estranha, Derek procurou Riemelt o mais rápido possível para contar-lhe tudo. Seu amigo logicamente achou que seu companheiro estava ficando maluco: Como um sonho pode ser algo a se temer? São apenas ilusões criadas pela mente!
Mas ao insistir tanto que aquilo não era brincadeira, Riemelt prometeu ao amigo lutar para realizar seu sonho.
Assim, Derek batizou toda a sua busca de: A Mitologia Propínqua.
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Na sede da ONU, em mais uma busca rotineira sobre documentos para a subsecretária de Seguranças Nacionais – Helena Mayle – Josh Brandon encontrou uma pasta com fragmentos de alguns pergaminhos antigos, e na capa da pasta estava a seguinte descrição:
ALTAMENTE SECRETO, ARQUIVO PURAMENTE CONFIDENCIAL.
Josh levou a pasta até a sala de Helena para questionar se ela tinha conhecimento sobre tais documentos...
Helene Mayle tem 40 anos, é uma negra alta de cabelos longos e cacheados, olhos claros e pele sedosa, seu corpo era de dar inveja a qualquer adolescente de 18 anos. Helena perdeu seus dois filhos e marido em um acidente barco dois anos atrás quando estava de férias no Brasil. O barco bateu numa parede de pedras após desviarem de um filhote de baleia que estava perdida nadando próximo ao limite das águas rasas. Depois disso, Helena nunca mais foi a mesma, tornou-se uma mulher fria e gélida, o trauma e a culpa a atormentam durante esses dois anos. Agora ela está substituindo o Presidente das Nações Unidas que faleceu a uma semana em um acidente misterioso no seu avião particular, até hoje não se sabe ao certo como o avião perdeu o controle e colidiu contra uma montanha ao embarcar para uma reunião altamente importante na Rússia.
Ao ser questionada sobre a papelada Helena disse desconhecer tal arquivo. E que mesmo direcionado ao Presidente iria descobrir o que era de tão importante naqueles papeis velhos, pois já que estava como presidenta interina queria estar a par de tudo que acontecesse à sua volta.
Havia outro pedaço de pergaminho antigo e uma cópia de um mapa mostrando as localizações do restante do documento.
- O que a ONU esconde de tão confidencial que precisou fragmentar esse pergaminho velho? Deixa eu dar uma olhada nisso aqui Josh!
Pegando a pasta da mão de seu funcionário ela leu os seguintes cinco parágrafos:
“Depois do nascimento dos quatro grandes, sucede assim a segunda ordem dos senhores cósmicos.
Na constelação de Carina, especialmente a segunda estrela mais brilhante do céu noturno – Canopus – deu origem a segunda ordem primordial cósmica. As cinco vigas secundárias que sucederam as quanto colunas mestras: Epritse, Osseced, Oclusão e Corpúsculo. Temos então os dois senhores astrais, a senhora das águas, a rainha das melodias, e por fim, aquele capaz de enganações e ilusões.
O nascimento de Aderabal deu-se da seguinte forma: uma explosão de grandes gases formou a estrela solar, desse sol gasoso surgiu Aderabal, a senhora astral, deusa do Sol, rainha do das grandes estrelas, do fogo e seus derivados. Com a explosão gasosa, e o aquecimento das rochas frias espaciais formou-se uma grande massa rochosa gélida e sombria, que originou Onuj o senhor da Lua, mestre da gravidade, foi designado pela corte e nomeado de: O grande guardião branco do planeta Terra (incumbido de esguardecer todos os seres do vil planeta).
Pélago a deusa dos mares foi dada a Onuj como esposa pelos grandes anciões. Jogada no solo do planeta Terra para trazer alegria a todos os agonizantes, e assim, lavar suas almas dos pecados – a mais bondosa e generosa – sempre em sintonia com seu amado. A rainha das melodias surgiu dentre os sons vagos do cosmos e das explosões estelares, moldou seu próprio corpo a seu gosto e transformou todos os sons sem sentidos nas mais belas melodias já ouvidas, chamou-se a si mesma de Cantilena, capaz de viajar por entre as mentes dos seres e moldá-los conforme seu intuito. Tomou conforme sua vontade o deus das enganações como seu esposo.
Odogne o último dos cinco nasceu das enganações dos deuses esquecidos, passou a perna nos seus criadores e os entregou ao esquecimento. Enganou todos os adoradores dos antigos deuses e transformou os novos cósmicos (deuses) na única superioridade universal... Pág: 1.2”
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Fadigados com as buscas pelos vestígios sobre a mitologia anunciada a Derek, os amigos descansam um pouco nas ruinas antigas, tomam um gole bem compensador de água e comem deliciosas iguarias regionais.
Riemelt analisa minuciosamente o pedaço de pergaminho e encontra um símbolo antigo como marca d’água.
Veja Derek, encontrei um símbolo no pergaminho. Isso pode ser uma pista para encontrarmos o restante dos fragmentos! Gritou o amigo
Parece uma antiga inscrição sobre os relatos. Riemelt. Vejamos o que isso que nos dizer...
Para a surpresa dos dois as inscrições estavam em inglês antigo e latim.
Derek, não tem como naquele tempo as pessoas saberem tais idiomas, alguém chegou aqui antes de nós! Vamos voltar para o local que encontramos o pergaminho, e procure por símbolos que sejam similares a esse.
Certo!
Os dois desceram os corredores da antiga construção procurando por marcas como as do pergaminho.
Ao chegarem no local e procurarem por vestígios de antigas escavações, nas paredes das ruinas encontraram gravados nas rochas os seguintes símbolos: A Cruz Papal, A águia Americana e o Símbolo das Nações Unidas.
Droga Riemelt, essas ruínas são propriedade do Governo Americano e do Vaticano. O que essas grandes potências querem com ruínas antigas? Vamos ser presos! Invadimos uma área restrita.
Não se sairmos rápido daqui!
Ao correrem para as portas do antigo local, encontraram dois soldados americanos com armas em punho.
Vocês estão presos por invadirem uma propriedade particular. Venham conosco e sem nenhuma gracinha!
Derek e Riemelt sabiam perfeitamente inglês. Foram forçados a seguir conforme as ordens dos soldados, caso contrário seriam fuzilados naquele mesmo local.
Ao caminharem rumo ao helicóptero militar cochicharam entre si: Tem algo de muito errado nisso tudo, por que soldados armados estão guardando antigas ruínas? E por que a Igreja e o Governo Americano estão de posse dos escritos sobre esse pergaminho? Derek, tem algo muito maior escondido por trás disso tudo!
Com certeza Riemelt!
CONTINUA....
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