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Declinação e Prosápia Terreal

  • Akasuma Lean Vicci em parceria com Daniel
  • 26 de abr. de 2016
  • 7 min de leitura

“O homem é a espécie mais insana. Ele cultua um Deus invisível e massacra uma Natureza visível... sem perceber que esta Natureza que ele massacra é o Deus invisível que ele venera.” ~ Hubert Reeves


A priori, precisamos tratar sobre como surgiram as primeiras civilizações e grupos humanos neste planeta. Assim seguir com a teoria de declínio ou ascensão da humanidade durante este documento escrito.


A humanidade está dividida entre o criacionismo (religião) e o evolucionismo (ciência). Ambas as vertentes sobre a origem da humanidade tentam explicar de onde viemos, para onde vamos e o nosso propósito enquanto seres habitantes de um planeta tão rico em vida e com suas leis naturais.


A vertente religiosa trata sobre o humano vindo de um projeto de criação idealizado por uma ou mais divindades oniscientes, onipresentes e onipotentes. Divindades essas que não podem ser vistas pelos olhos de um humano qualquer, mas apenas aquele que tem fé no seu criador.


Já a vertente criacionista abarca o humano que evoluiu de um ser primordial de família semelhante (ancestral comum) a dos primatas e ao passar dos anos tornou-se como o conhecemos hoje. Evolução que muitas vezes é confundida com descendência, porém termos distintos não podem explicar uma mesma teoria.


Os primeiros espécimes humanos eram chamados de hominídeos, tais grupos reuniam-se como bandos onde um macho dominava sua fêmea e procriaria pelo bem da espécie.


Com a evolução dos grupos humanos nasceram as primeiras civilizações e organizações. Quem nunca ouviu falar da Grécia Antiga, berço da democracia, ou até das sociedades antigas da América do Sul? Grandes feitos que descenderam da evolução ou criação de tais grupos.


Agora vamos tratar do tema principal ao qual fui desafiado a escrever...


O conjunto de habilidades específicas à natureza, o qual chamamos de humanidade origina-se do latim HUMANUS – relativo ao homem – assim, a humanidade é o conjunto de similaridades que unem os ‘homens’ (não o homem sexo masculino, mas o homem quanto animal, o ser vivo) para formarem uma massa que podemos chamar de tribos, aldeias ou até mesmo sociedades.


Mas o que quero lhes contar não é sobre a origem etimológica da humanidade (já que ficou bem explicito no começo do texto), mas sim, descrever o que faz os indivíduos unirem-se e formarem os conjuntos humanos. Tais conjuntos podem levar a prosápia (ascendência) ou a declinação (a queda) do mundo terreal. Logo, vamos transcorrer ao ponto de responder um seguinte questionamento: Ascendência ou a queda da humanidade?


Vamos comparar a humanidade com um medidor de batimentos cardíacos. Enquanto as linhas estiverem oscilando entre pontos altos e baixos o coração está funcionando conforme seu objetivo logo, há presença de vida naquele corpo. Se por um acaso as linhas marcarem uma forma contínua significa que a vida que ali existia chegou ao fim. A humanidade também funciona desta maneira. Se por um acaso aquilo que faz a humanidade de locomover e aderir a certos princípios formando assim sociedades, há presença de vida em determinado local (encontramos a ascendência humana), os objetivos que guiam tais pessoas as levam a desenvolver-se no espaço ao qual estão residindo. Mas se tais princípios desunem o conjunto que outrora foi formado, então, encontramos o declínio humano. A queda de toda uma sociedade.


Quantas histórias diferentes você conhece sobre a humanidade? Algumas várias? Nas aulas de história aprendemos que determinadas sociedade implantaram diversas forma de administração em seus núcleos. Algumas alavancaram rumo ao primeiro mundo, outras em contrapartida compõem o segundo e o terceiro mundo.


Sistema econômico, religião, ciência e política foram um dos principais contribuintes para dividir e segregar a humanidade. Porém o melhor de todos os trunfos para garantir poder aqueles que já o possuem ainda é a melhor de todas as jogadas que a humanidade poderia ter criado – as guerras. Já ouviu falar nas duas grandes Guerras Mundiais? Caso não, irei resumir suas essências.


A I Guerra Mundial, 1914-1918, com foco na Europa teve como rivais as opostas alianças – A Tríplice Entende e a Tríplice Aliança – principal objetivo ganhar território. A humanidade tem por ambição sempre desejar mais para si. Resultado dos conflitos, mais de 9 milhões de pessoas mortas.


A II Guerra Mundial, 1939-1945, caracterizada como um conflito militar global com foco na conquista de potência mundial. Batalhas entre a Aliança e o Eixo. Resultando em mais de 70 milhões de mortes, incluindo o Holocausto aos Judeus.


Histórias como essas mostram o quanto a humanidade entrou em declínio, buscando ascensão apenas através de batalhas e lutas por poderes ambiciosos. Assim uma segregação formada por ambiciosos e aqueles que estão entregues e subordinados aos poderes das grandes potências.

“Os países do segundo e terceiro mundo são coercitivos quanto os de primeiro mundo”


Essa afirmação explica um pouco como as coisas funcionam no sistema no qual estamos expostos nos dias atuais. Existem aqueles que mandam e em contrapartida aqueles que obedecem (supostamente). Este processo chamamos de soberania, foi uma forma de governo que permeou o mundo antigo e a história de formação dos grupos humanos. Um exemplo vivo de declínio, pois restringir um grupo as mãos de um soberano é tirar acima de tudo seus direitos e sua liberdade enquanto membro civil. Porém, no período em que a soberania reinava não existia esse olhar que temos hoje, para aquele povo entregar seus direitos e sua liberdade nas mãos de um chefe máximo, era acima de tudo, garantir uma ordem e o maior desenvolvimento, isso claro, iria depender do poder que o soberano exercesse na região.


Qual o maior exemplo de soberania que podemos citar? Isso mesmo, o famoso modelo do feudalismo. Aquele que aprendemos durante o ensino fundamental e ensino médio, aquelas famosas aulas chatas de história que nos deixam com vontade de dormir.


O feudalismo é um sistema de economia, política e social que se fundamenta especialmente na propriedade de terra concedida pelo senhor feudal ao seu vassalo em troca de serviços mútuos, outro exemplo de soberania mais conhecido é a monarquia britânica, onde o comando do país fica nas mãos da rainha.


A Grécia Antiga foi o primeiro berço para uma forma de governo no qual a sociedade exerceria a soberania, agora o poder não estava nas mãos de um único soberano, mas de todo o povo que iria escolher quem melhor iria representa-lo. Isso foi uma ascensão humana e política de extrema importância para o mundo atual, nasceu então a Democracia.


Até aqui e nada de explicar realmente a essência do documento, não é mesmo? Bem, estamos tentando demonstrar porque a humanidade oscila entre sua ascensão e seu declínio. Desde seu nascimento até a morte o ser humano é a única espécie que a partir de suas experiências e conhecimento caminha rumo a própria extinção. Tornar o fogo algo manuseável a seu favor, transformar árvores em moradia, rios em represas e moldar florestas em cidades foram alguns dos grandes feitos humanos, mas em contrapartida provocaram o aniquilamento de vários espécimes de seres vivos fundamentais a manutenção do planeta, garantindo assim uma melhor qualidade de vida aos próprios algozes (humanos). O que seriam de nós sem as árvores, os rios doces ou animais como abelhas e formigas? Estaríamos bem perdidos e um pouco menos “saudáveis”, como se concreto fosse sinal de saúde. Só nesse parágrafo pode ser colocado em evidência as oscilações que a humanidade perpetua em sua existência.


Com as grandes navegações e as diferentes colonizações, o mundo foi dividido em oriente e ocidente (leste e oeste, respectivamente). A religião também foi um dos principais autores de tal separação.


O oriente, ou lado do sol nascente, foi o berço da humanidade e das grandes civilizações. Percussores das grandes viagens marítimas e propagadores de ideais sociais mais sofisticados, com foco na Europa (Inglaterra) e África (Egito). A humanidade ascende para o desenvolvimento e expansão de suas propriedades, levando conhecimento, saber e fé para as pessoas do lado então desconhecido do planeta, berço dos nativos.


O lado do sol poente, ou ocidente refere-se as grandes terras que sofreram maior impacto das expansões marítimas e da colonização, o continente americano foi tomado pelos ideais europeus. Um lado ascendeu, porém outro entrou em declínio, culturas e costumes que antes aqui reinavam foram devastados pelas grandes navegações e conquistas de terras. Onde estão os maias, astecas e demais tribos indígenas que aqui antes viviam? Todas foram transformadas em escravos e tiveram de abrir mãos de seus costumes para satisfazer as vontades de seus “descobridores”. Um termo um tanto carinhoso para ladrões de terras e donos de pessoas.


Um outro dualismo quanto a condição de como a humanidade caminha é a diferença entre lutar por igualdade e batalhar por equidade.


Aequlitas (igualdade originalmente em latim) é a qualidade ou estado de coisas idênticas, já aequitas (equidade também em latim) é a capacidade de julgar com imparcialidade para que não haja desigualdade ou injustiças. Esses foram termos muito utilizados por revoluções, manifestações e lutas durante a história para conseguir direitos que já deveriam ser adquiridos e por obrigações do Estado a oferecer a cada cidadão perante sua existência.


Muitas das falhas do Estado é marcada em algumas revoluções como greves dos operários, greves estudantis, greve contra um determinado governo, luta das mulheres pelos seus direitos quanto a liberdade e autonomia e acima de tudo domínio sobre seu próprio corpo. Manifestações do movimento MST (Movimento Sem Terra) caracterizada pela luta ao direito de um lugar para residir e construir uma história. Falhas essas que levam a humanidade ao seu declínio rumo a um caos social.


Em controversa surge o anarquismo, que defende a teoria de que a sociedade pode existir independente e antagonicamente ao poder exercido pelo Estado. Assim, saímos das mãos de controladores e idealistas conservadores garantindo o direito uma independência que a tempos foi deixada de lado para conseguir uma suposta segurança. O anarquismo vem trazer de certo modo o modelo de sociedade vivida pelos primeiros grupos hominídeos, onde não existia a presença de um Estado autoritário e controlador, cada indivíduo ou grupo vivendo de acordo com suas próprias vontades sem a presença de um soberano máximo (Estado).


O conjunto de conhecimento adquirido através de observação, experimentos sintetizados, identificação, pesquisa e explicação de determinados fatos e categorias (ciência) trouxe a humanidade a chave-mestra para sua ascensão. Quanto mais se conheci sobre sua origem podemos evoluir ainda mais, saindo das linhas limitadoras das histórias dos nossos antepassados podemos sair de uma soberania que nos leva ao declínio e partir para conquistas de coisas que realmente nos devem ser importantes, conseguindo assim uma ascendência digna e que realmente vala a pena ser gravada na história.


A característica de espécie que domina as guerras deve ser esquecida e extinta da humanidade. Abandonar o pior de todos os hábitos, é acima de tudo, deixar de extinguir aos poucos o planeta garantindo assim uma ascendência harmoniosa com o meio e garantir o fim da oscilação e dualidade grudada nos genes humanos.


Será que acaba por aqui?


Sonhar com um lugar melhor livre de oscilações para manter um único padrão está ainda mais do longe do que o possível, mas dar o primeiro passo em direção ao último de todos ainda pode e deve ser feito por tal espécie.


“As estrelas não podem brilhar sem a escuridão...”

 
 
 

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© 2015 por Maurício Rosendo Leandro dos Santos.

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